Melhor prevenir do que remediar
por MARCUS VINÍCIUS DO NASCIMENTO
Todo o início de ano no Brasil, como bem sabemos, é marcado pelas fortes chuvas que causam grandes problemas e ocupam um papel de destaque nos noticiários (alguns destes já são especialistas em cobrir tal tipo de notícia).
Apesar de nos últimos meses termos vivenciado um grave período de estiagem em São Paulo, as chuvas no começo do ano costumam ser intensas e os seus impactos são imediatos: ruas alagadas, cheiro de esgoto, doenças, desmoronamentos, bairros e cidades destruídas, pessoas isoladas e, o pior de tudo, mortes.
De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, as perdas materiais e humanas causadas por desastres naturais são tão elevadas quanto as provocadas por guerras. Os moradores das áreas afetadas sofrem com o aumento do custo vida e todos os problemas decorrentes dele.
Nas grandes tragédias sempre assistimos a Defesa Civil socorrer, reconstruir e dar assistência às vítimas das tragédias, e assim passamos a acreditar que o poder público "cumpriu com o seu dever". Mas será? A Defesa Civil não deveria promover um conjunto de ações preventivas destinadas a minimizar ou até mesmo evitar os efeitos das catástrofes?
Não se pode afirmar que o poder público não colocou em prática ações preventivas, mas estas ocorrem em um ritmo muito lento para as necessidades da população que está sujeita aos efeitos das chuvas.
Vários estudiosos já alertaram sobre os riscos de se viver ou transitar em determinadas áreas e nessas ocasiões a população precisa ser informada e amparada, porém o poder público, ao invés de agir, parece aguardar a tragédia anunciada para depois “limpar a bagunça”.
Se investíssemos em prevenção, os gastos para o combate dos efeitos dos desastres poderiam ser utilizados para ampliar os inúmeros programas sociais que dão dignidade aos brasileiros que mais sofrem.
Enfim, depender da Defesa Civil para ações preventivas pode ser algo trágico e fatal. O heroísmo não está apenas em resgatar alguém de desastre, mas também evitar os seus efeitos mais danosos, e como diria o velho ditado: melhor prevenir do que remediar.
Abraços,
Marcus.
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