sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Je suis Charlie

por ISRAEL CASTILHO




Pessoas morrem,
ideias não!

2 comentários:

  1. Só temo que o humor seja ele utilizado semelhante aos tempos do Holocausto, principalmente as charges contra outros povos, que contribuíram para uma mentalidade que faria o soldado alemão abrir uma câmera de gás. O humor é uma ferramenta que poderá contribuir para a naturalização da violência, não preciso dizer que caricaturas sobre o mundo árabe contribuem para que soldados norte americanos tenham gosto em matar. Um exemplo é num documentário quando um jovem mata um outro soldado dizendo "isso é como num video game". Se o discurso democrático não é mais sustentável, ou seja, as guerras não são mais creditadas na finalidade de levar a democracia ao mundo, o cinema quanto outras artes poderão, quando já o fizeram, ter a finalidade de alimentar a guerra e fazer que o massacre seja dado através de atos incorporados ao ponto de serem banais e naturais em fazer o outro, diferente de você, morrer. Crianças alemãs apedrejavam jovens judeus através de caricaturas de judeus em seus materiais didáticos; adultos, davam tiros em suas cabeças. Não só a política do ódio é presente em ambos os lados, mas a cultura também. Da cultura do ódio poderemos legitimar massacres, não só os futuros, mas os passados incontáveis praticados pelo ocidente, mas apenas presente na versão da história do oriente. Pensando na necessidade de alteridade, Je ne suis pa Charlie, Je suis le autre.

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