Itararé, a Comissão Processante e a gestão Ghizzi
por LUIS FELIPE GENARO
Itararé, para além das forças e poderes públicos, jamais demonstrou preparo, maturidade política. Quer um exemplo? Basta acessar seus principais grupos no Facebook, alguns eventos recém-criados ou folhear seus poucos jornais (isso se tiver estômago, claro).
Lá, nostálgicos de plantão saúdam as décadas que se foram e suas últimas administrações. Décadas lavadas na mesmice, na corrupção, nos grandes e pequenos rombos, tramoias, licitações fraudulentas, notas falsas, entre tantos outros componentes que a comunidade itarareense, salvo raras exceções, diz sentir falta e clama pelo retorno, daqueles que pareciam enterrados no passado, às estruturas.
Entre novos e velhos elementos, a dita "oposição", que tudo fez, menos auxiliar nos pequenos avanços conquistados e fiscalizar de forma isenta, almeja, nada mais, nada menos, que a velha, venenosa e sempre fértil instabilidade política.
Nos últimos dois anos, aos trancos e barrancos, e muitas vezes com mais tropeços que acertos, temos assistido a tentativas inúmeras, nos mais possíveis e diferentes âmbitos, de um poder público alicerçado na seriedade, na transparência e na mudança.
De um lado, forças se uniram empunhando as bandeiras da transformação, do debate e da conscientização. Algo inédito numa cidade interiorana assentada no boato, no disque-me-disque e na desinformação; do outro, incluindo ai jornais, rádios, redes sociais e a própria "tribuna popular", forças salivantes — pelo regresso e a mentira.
Pra essa gente, a própria essência da mudança, seja ela apenas essência, causa arrepios. Não param de rosnar. Inflam habitantes periféricos com calúnias e distorções e, como são desocupados e ressuscitam apenas durante as eleições, ficam dia após dia grunhindo, do centro aos subúrbios.
Reflito se, no fim das contas, a imaturidade política/falta de participação da comunidade itarareense com a “coisa pública” é, ao invés de uma questão recente, de fácil remediação, uma infeliz raiz histórica, permanente, arraigada, de difícil acesso. Sendo assim, como mudar Itararé?
O principal objetivo da conjuntura que se finda hoje às 17h, ao menos burocraticamente, é simples: manchar a imagem pública da prefeita e de sua gestão. Por isso, chegou a hora de unirmos a esquerda itarareense, assim como todos aqueles que escolheram a transformação como norte.
Com o desfecho da Comissão Processante, cenário teatral, golpista, urdida por um erro formal do Executivo (solucionado pelo mesmo e sem um centavo de dinheiro público envolvido), a corroída barca itarareense pode vir a naufragar de vez.
Esperemos, contudo, que vença mais um vendaval. Só então, na espera de outras tempestades, poderá continuar sua reconstrução.
só em seus pensamentos...
ResponderExcluirTomô? Mesmo não concordando, a sua vida continuará medíocre!
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